A Vara Cível de Matinhos, no Litoral do estado, decretou nesta semana a indisponibilidade de bens do atual prefeito Eduardo Antonio Dalmora (PDT), do vice-prefeito Gentil Rodrigues Arzão (PSC) e de sete vereadores e ex-vereadores no valor de R$ 1,3 milhão. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR),
este foi o valor gasto com o aumento indevido de salário dos
secretários da cidade. A determinação judicial é liminar e atende à ação
civil pública por ato de improbidade administrativa apresentada em
outubro pelo MP, que verificava que o aumento de salários desrespeitava a
Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com o órgão, a promulgação da lei municipal que autorizava
os aumentos foi feita em período vedado – que é de 180 dias antes da
eleição de 2012. O salário dos secretários até dezembro de 2012 era de
R$ 4,9 mil. Após a promulgação da lei, os secretários passaram a receber
R$ 7,4 mil, de acordo com o Portal da Transparência do Município.
Ainda de acordo com o MP, o aumento gerou um impacto de R$ 470 mil
por ano ao orçamento do município. Entre janeiro de 2013 –- quando o
aumento foi autorizado – até outubro deste ano, o montante gasto foi de
pouco mais de R$ 1,3 milhão. Cabe recurso da decisão.
A condenação por ato de improbidade administrativa pode culminar na
devolução dos valores desviados, suspensão dos direitos políticos dos
envolvidos, multa e afastamento da função pública.
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